No passado dia 1 de Abril participei na 3ª edição dos Trilhos do Almourol, na qual sou totalista, sendo que foi aqui que me estreei nestas andanças dos Trails.
Com organização do CLAC e tendo com diretor técnico o José Brito, é sem dúvida uma prova com excelente qualidade em todos os parametros e prova disso são as várias centenas de atletas oriundos de todo o país, dispostos a participar nas três provas disponiveis, Trail (42 Km), Mini-Trail (21 Km) e Caminhada (14 Km)
Levantei o dorsal ainda no Sábado no Pavilhão Municipal do Entroncamento, local onde se encontrava o secretariado da prova e também alguns stands de material desportivo e não só, de destacar o stand dos queijos e dos vinhos.
Como em anos anteriores, o inicio da prova foi na Aldeia do Mato e a partida para o local feita em vários autocarros.
Depois de um pequeno briefing dado pelo Brito, no qual ficamos a saber que aprova teria 43 Km, lá foi dada a partida dos cerca de trazentos atletas que alinharam na prova maior.
Depois de uma fase inicial mais rolante, lá começaram a surgir as subidas e descidas e as partes mais técnicas. Quando passamos o paredão da barragem, já íamos com 8 kms nas pernas. Era também aqui que se encontrava o primeiro abastecimento. Depois vem pra mim uma das partes mais bonitas do percurso, na qual corremos ao longo do Rio Zezêre. Depois de passarmos a ponte militar, surge uma das subidas mais dificéis da prova até uma pequena povoação. Depois de mais um abastecimento, lá estamos a caminho de Constância, local onde se encontrava mais um abastecimento.
Este ano a prova teve como atractivo a passagem pelo interior do Castelo de Almourol, algo que agradou a todos os atletas. Daqui seguia-se pela margem do rio Tejo até à localidade de Tancos, onde se encontrava mais um abastecimento. Foi a partir daqui que senti as maiores dificuldades na prova, principalmente nos estradões no meio dos eucaliptais, na medida em que seguia sem companhia e também o corpo começou a ressentir-se da noitada anterior. Já devia saber que noitadas e corridas não combinam, principalmente quando regadas com algum álcool.
Foi com enorme sacrificio que me arrastei até ao fim, não desfrutando por isso do fantástico singletrack na zona da Atalaia. Com isto tudo lá cheguei à meta na 103ª posição da geral, com 5h:05m:49s entre os 275 atletas que terminaram esta prova. Seguiu-se uma excelente massagem de recuperação e também o almoço com a respectiva entrega de prémios.
Esta é sem dúvida uma prova a que não se pode faltar, com uma excelente organização por parte do CLAC e do seu mentor, o José Brito.
Fotos de José Brito, Henrique Narciso e Lina Branco Batista.